sábado, 24 de maio de 2025

Nova pesquisa associa alteração no olho a doenças cardíacas

 

66% dos participantes com um tipo de depósito na retina desenvolveram doenças cardíacas ou AVC.







Um novo estudo apresentado no início de maio no ARVO, maior congresso sobre retina do mundo,  aponta que  drusenoides, um tipo de depósito com alto teor de colesterol que se forma abaixo  retina, além de representar e alto risco de  DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade),  indica risco  5 vezes maior de desenvolver  doenças cardiovasculares e AVC  do que que os participantes com drusas.

O  oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier e membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) afirma que só foi possível chegar a esta conclusão porque na pesquisa todos os participantes foram acompanhados com Tomográfica de Coerência Óptica (OCT). O exame, explica, conta com avançado de sistema de imagens que fornece varreduras transversais de alta resolução da retina e por isso é a única ferramenta capaz de captar os drusenoides que se depositam abaixo da retina. “Exames de retina menos detalhados captam as drusas,  depósitos de proteínas, gordura e cálcio que se formam sobre a retina conforme envelhecemos, mas nem sempre  desencadeiam a degeneração macular”, pontua.

Queiroz Neto ressalta que por  ficarem abaixo as retina e terem maior teor de colesterol,  os drusenoides que bloqueiam a carótida, facilitam a neovascularização da retina e reduzem  a perfusão do sangue que  levando à perda da visão e outros problemas de saúde.

A pesquisa

Realizada em Nova Iorque, por pesquisadores do Hospital Mount Sinai a pesquisa  reuniu126 pacientes com DMRI. Desses  62 apresentavam drusenoides e 64 drusas, Entre os que apresentavam drusenoides 66%  tinham  sido diagnosticados com doença cardíaca anterior ao estudo. Dos que não tinham doença cardíaca prévia  só 11%desenvolveram drusenoides subretinianos, uma clara evidência  da associação da alteração na retina com as condições cardiovasculares.

Grupos e sinais de risco

O oftalmologista  ressalta que os principais grupos de risco  de doenças na retina são: diabéticos, fumantes, altos míope, cardíacos, portadores de hiperlipidemia, quem tem casos na familiares e os maiores de 60 anos.

A maioria das doenças oculares passam despercebidas no início. Isso porque, a plasticidade de nosso cérebro faz com que nos adaptemos às pequenas mudanças. 

Os sinais  de alteração na retina enumerados pelo especialista são:

  • Enxergar moscas volantes (pequenos pontos pretos flutuantes);
  • Visão embaçada;
  • Perda repentina da visão, parcial ou total;
  • Enxergar linhas tortuosas ou  flashes de luz;
  • Diminuição da visão central ou lateral;
  • Dificuldade de adaptação à luz ou escuridãoque pode estar associada à retinopatia diabética ou retinose pigmentar;
  • Enxergar as cores desbotadas ou alteradaspodem sinalizar  alteração na mácula.

Prevenção

“Prevenir doenças na retina envolve além de atenção a fatores de risco,  hábitos saudáveis e acompanhamento oftalmológico regular”, salienta . Embora algumas doenças tenham componente genético ou sejam inevitáveis com o envelhecimento, muitas podem ser retardadas ou controladas. As dicas de Queiroz Neto para manter a  visão saudável são:

  • - Faça um check-up anual, mesmo sem sintomas.
  • - Para diabéticos, hipertensos ou pessoas com histórico familiar, o acompanhamento pode precisar ser mais frequente.
  • - Inclua vitaminas C, E, A, zinco e luteína/zeaxantina (presentes em vegetais verdes como espinafre e couve)
  • - Essas substâncias protegem a mácula e combatem o envelhecimento da retina.
  • - Use de óculos escuros com proteção UV -A exposição prolongada à luz solar pode favorecer degenerações na retina e mácula. Escolha um óculos com filtro UV 100% 
  • - Evite fumar.  O cigarro aumenta o risco de degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e doenças vasculares da retina. Use óculos de proteção em esportes ou trabalhos de risco.
  • - Mantenha níveis de glicose, pressão arterial e colesterol sob controle.



FONTE DE PESQUISA:  https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/



domingo, 18 de maio de 2025

5 sinais silenciosos da doença renal crônica que não deve ignorar

 

Entenda por que fadiga, coceira e inchaço podem ser os primeiros sintomas de que seus rins precisam de atenção.








A Doença Renal Crônica (DRC) é uma condição progressiva e muitas vezes não apresenta sintomas em seus estágios iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce. Para Bruno Zawadzki, nefrologista e diretor médico da DaVita Tratamento Renal, "muitas pessoas associam a doença renal a sintomas evidentes, como dor lombar ou alterações na urina, mas os sinais iniciais podem ser sutis e facilmente atribuídos a outras causas”.

Abaixo estão os cinco sinais que exigem atenção:

1. Fadiga e cansaço incomum 

A redução na produção de eritropoietina — hormônio responsável pela produção de glóbulos vermelhos — pode levar à anemia, causando exaustão mesmo após repouso. "Pacientes relatam cansaço extremo, mas raramente suspeitam de problemas renais. Esse é um alerta para investigar a saúde dos rins", explica Dr. Zawadzki.

2. Alterações na urina 

Urina espumosa (sinal de proteína na urina), aumento da frequência urinária — principalmente à noite — ou redução no volume podem indicar mau funcionamento dos rins.

3. Inchaço nas extremidades e ao redor dos olhos 

A retenção de líquidos devido à incapacidade dos rins de filtrar adequadamente resulta em edema, especialmente em pés, tornozelos e região ocular. O inchaço pode não estar necessariamente ligado ao consumo de sal; pode ser um sinal de que os rins estão sobrecarregados.

4. Coceira constante e pele ressecada 

O acúmulo de toxinas no sangue, como fósforo e ureia, pode causar prurido intenso. Pacientes chegam a descrever uma coceira que não melhora com hidratantes. Isso reflete desequilíbrios minerais associados à doença renal.

5. Pressão arterial elevada  

A relação entre hipertensão e DRC é maior do que pensamos: rins danificados não regulam a pressão, e a pressão alta acelera a perda de função renal. "Controlar a pressão é essencial para preservar os rins. Muitos só descobrem a doença renal durante investigações de hipertensão resistente", ressalta.

O nefrologista recomenda: 

Dr. Zawadzki enfatiza a importância da prevenção: "Exames de sangue e urina simples, como dosagem de creatinina e pesquisa de proteína, podem detectar alterações precoces. Quem tem diabetes, hipertensão ou histórico familiar deve realizar check-ups anuais". A detecção precoce permite intervenções que retardam a progressão da doença, melhorando qualidade de vida.



FONTE DE PESQUISA:  https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/

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  Especialista reforça que remédios aliviam sintomas, mas não tratam a causa do problema. Ter Ibuprofeno e Paracetamol sempre à mão e usá-lo...