Luiz Gonzaga da Silva
É interessante o fator tempo em nosso corpo, se fizermos uma comparação através de fatos desde a infância até os dias atuais poderemos até sentir o choque, pois o tempo atua sem piedade não obstante as propagandas e descobertas medicinais de que o envelhecimento pode ser retardado, controlado.
Rugas, endurecimento das juntas dificultando a locomoção, a concentração, falhas e uma serie de modificações que causam transtorno.
Se o menino de 12 anos que já fomos, pudesse se encontrar, ele próprio aos 80, certamente não se conformaria de que é ele mesmo após varias décadas. É curioso esse fator envelhecimento, pois não atinge somente o ser humano, mas todos os animais e as aves,
Um poeta que amava de mais sua companheira escreveu um poema discorrendo sobre o tempo: Ó velho tempo carrasco do alem poupe a doçura e a beleza de alguém, que mania cruel você tem, não perdoa homens mulheres ninguém a contra gosto descubro também que em meu corpo, a sua força intervém, minando encurvando, não me quer ver sonhando com o 100. Ó velho tempo você invejoso inconsequente temível e maldoso destrói a beleza de um rosto mimoso, descoras a cor de um cabelo sedoso e acha legal esse gesto impiedoso me poupe velho tempo que sou carinhoso. Ó velho tempo carrasco do alem poupe a beleza e a doçura de alguém eu sei que essa é sua missão que faz do trabalho uma devoção, mas se encontrasse uma solução que não viesse abalar sua posição escutavas e eu daria minha opinião e deixavas jovem o meu coração o velho tempo carrasco do alem poupe a doçura e a beleza de alguém Ó velho tempo o silencio me diz que os lamentos e rogos que chorando fiz não o emocionaram e de mim sorris, vetando um projeto que tanto quis, mas volto a insistir em tudo faço bis: Esqueça-me e verás, serei feliz. Ó velho tempo carrasco do além poupe a doçura e a beleza de alguém.
