quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Diabete tipo 1 causa complicações em 31% de adolescentes no Brasil


 

Em níveis altos, a diabete tipo 1 pode causar complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos dos pacientes.









A diabete Mellitus é uma doença crônica e não transmissível provocada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que regula a glicemia (açúcar) na corrente sanguínea e garante energia para o organismo. Em níveis altos, pode causar complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos dos pacientes. Há ao menos quatro casos clínicos envolvendo formas diferentes de diabete. Em quadros mais graves, a enfermidade pode levar à morte.

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês), estimativas relacionadas ao número de casos existentes de diabete tipo 1 em crianças e adolescentes com menos de 20 anos mostram que o Brasil ocupa o terceiro lugar no panorama mundial, com 92,3 mil casos, atrás da Índia (229,4 mil) e dos Estados Unidos ( 157,9 mil).

Segundo o IDF, a diabete tipo 1 causa complicações como doenças renais, cardíacas e oculares em 31% dos brasileiros entre 13 e 19 anos diagnosticadas com a doença. Desta forma, programas educacionais devem ser colocados em prática para evitar o agravamento do quadro de pacientes jovens.

"A diabete tipo 1 é quando as células produtoras de insulina no pâncreas são destruídas pelo próprio organismo por uma reação imunológica. Ainda não se sabe ao certo o que acontece, mas o próprio organismo produz substâncias que destroem essas células e levam à não produção de insulina. E isso faz com que a glicose não seja absorvida nas células", afirma Cid Pitombo, especialista em tratamentos de obesidade.

Em geral, a descoberta é feita partir do momento em que o paciente começa a apresentar sintomas como sede constante, vontade frequente para urinar, fadiga, perda de peso, entre outros. Para o diagnóstico, são realizados exames de sangue para medir a glicemia, nível de açúcar no sangue. Testes mais específicos também podem ser solicitados, como de anticorpos e de níveis de glicose para confirmar o tipo de diabete do paciente.

"É importante também entender que dentro da diabete do tipo 1 há os tipos A e B. No tipo A, é quando conseguimos identificar alguns tipos de anticorpos que atacam o pâncreas. No caso do tipo B, nem conseguimos identificar quais são esses anticorpos. Não se sabe quais são as causas. Mas ambos são tratados com insulina", acrescenta Pitombo.

Não há prevenção e o tratamento envolve aplicações diárias de insulina para regular os níveis de glicose no sangue, assim como medições de controle constantes, imediatamente após ser confirmado o diagnóstico. Sem a insulina, o paciente não sobrevive.


"No caso da diabete tipo 1 é difícil dar dicas preventivas, porque nem sabemos exatamente como se inicia esse processo no organismo. O que sabemos é que a obesidade é um dos grandes vilões no início de doenças envolvendo diabete. A obesidade produz substâncias que dificultam a ação da insulina nas células, faz sobrecarga nas células pancreáticas, sendo um dos grandes fatores que podem diminuir a função dos pâncreas, assim como consumo excessivo de carboidratos, alimentos gordurosos e açúcar", explica o especialista.


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