sábado, 5 de setembro de 2015

Um a cada cinco casais brasileiros são inférteis

"Eu e meu marido nos amamos muito, já estamos casados há alguns anos. Sempre nutrimos o sonho de ter filhos, e decidimos que este é o momento. Mas, já há alguns meses, temos tentado e a gravidez não vem". Relatos como este se repetem a cada dia e referem-se a um quadro de infertilidade, doença que atinge um a cada cinco casais, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, o número de cônjuges inférteis chega a quase 8 milhões. "A infertilidade é mais comum do que se imagina.

Os tratamentos, em vários casos, podem ser bem simples, e já apresentam 50% de sucesso. E, mais do que nunca, estão ao alcance de todos", avalia o médico Assumpto Iaconelli Júnior, médico especialista em fertilização, diretor da Clínica de Reprodução Assistida ART.

A OMS define infertilidade como a "incapacidade de conceber após, pelo menos, um ano de tentativas, sem o uso de métodos contraceptivos". Em alguns casos, no entanto, a falta de informação sobre o assunto faz com que os casais demorem tempo demais para buscar algum tratamento. No caso da mulher, principalmente, não perder tempo é fundamental. "Após os 35 anos, existe uma perda natural e gradativa na qualidade dos óvulos, reduzindo as taxas de fecundidade", ressalta Iaconelli.

Sabe-se que 40% dos casos de infertilidade estão relacionadas ao homem, outros 40%, à mulher, e o restante envolve simultaneamente os dois parceiros ou não apresenta causa conhecida. Vários fatores podem desencadear o processo, desde exposição à poluição ou pesticidas, uso excessivo de cigarro ou álcool e até mesmo doenças sexualmente transmissíveis (DST's). Os tratamentos variam de acordo com a causa. "Podem ser utilizados com sucesso procedimentos e técnicas simples, como indução da ovulação e cirurgias. Em casos mais complexos, ou quando os tratamentos simples não são bem sucedidos, as técnicas de reprodução assistida, realizadas em laboratório, são a alternativas mais indicadas", recomenda o especialista.

A fertilização in vitro é o tratamento mais conhecido. Neste caso, a fecundação é feita em laboratório e os embriões formados são transferidos para o útero. Para evitar a transmissão de doenças hereditárias como diabetes, HIV, fibrose cística,, adenoleucodistrofia e Anemia de Fanconi, é possível realizar o Diagnóstico Genético Pré-Implantação, o PGD, permitindo a identificação destas ainda no estágio de embrião, antes mesmo de sua implantação no útero materno. A técnica vem sendo aprimorada há mais de 20 anos.

PASSOS A SEGUIR

O ponto de partida para a investigação de uma possível infertilidade é o exame clínico do casal. Durante a consulta, o próprio histórico de cada um pode apontar para possíveis causas como história de infecções, cirurgias ou mesmo a presença de anovulação. O passo seguinte é a investigação laboratorial através de dosagens hormonais e a realização de um espermograma. Na seqüência, são feitos os exames ultrassonográficos e radiológicos, para avaliação do útero, ovários e trompas.

"Somente depois de obtidos os resultados, é que podemos indicar o melhor tratamento para cada caso", diz Iaconelli. Ele salienta, ainda, que a infertilidade conjugal envolve aspetos biológicos, psicológicos e sociais. "Os casais que vivem essa situação, bem como os profissionais que se dedicam ao seu tratamento, devem considerar esses três aspectos antes de decidirem a respeito do método terapêutico a ser empregado", finaliza.

Fonte de Pesquisa: http://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

”Fumar narguilé é como fumar 100 cigarros”, diz campanha de combate ao fumo.

De acordo com a psicóloga e consultora técnica de Prevenção e Promoção da Saúde da Fundação do Câncer, Cristina Perez, uma sessão de narguilé dura, em média, de 60 a 80 minutos e, durante esse período, a pessoa fica exposta aos mesmos componentes tóxicos presentes na fumaça de uma centena de cigarros – inclusive o tabaco e a nicotina.

Os riscos são os mesmos associados ao fumo e incluem as doenças cardiovasculares, respiratórias e alguns tipos de câncer, segundo Cristina. Há ainda, no caso específico da narguilé, o agravante da socialização, já que a proposta é que o mesmo cachimbo seja utilizado por um grupo de pessoas. O uso coletivo aumenta a exposição a doenças como herpes, hepatite C e tuberculose.

“Algumas pessoas acreditam que porque o narguilé contem água, não faz mal. Mas, na verdade, ele também contém fumo do tabaco e causa os mesmos malefícios”, disse a especialista.

“A indústria do tabaco sabe que as pessoas entendem que o cigarro faz mal, causa doenças e provoca mortes e tenta diversificar suas vendas para manter o mercado. As alternativas são, por exemplo, o narguilé e o cigarro eletrônico, mas ambos usam tabaco, contêm nicotina e causam dependência.

Dados da Pesquisa Especial de Tabagismo, promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) em 2008 indicam que havia 300 mil consumidores de narguilé no Brasil naquela época.

Já a pesquisa Perfil do Tabagismo entre Estudantes Universitários no Brasil, do Ministério da Saúde, também destacou a alta proporção de usuários de narguilé entre estudantes universitários de alguns cursos selecionados da área da saúde no ano de 2011. Em Brasília e São Paulo, dos estudantes que declararam consumir com frequência algum outro tipo de produto derivado do tabaco, 60% e 80%, respectivamente, fizeram uso do narguilé.

De acordo com o Inca, cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos no país em decorrência de doenças provocadas pelo fumo. O câncer de pulmão é um dos maiores indicadores do impacto do tabagismo sobre a saúde, já que 90% dos casos são registrados entre fumantes ou ex-fumantes. No Brasil, este é o tipo de câncer que mais mata homens e o segundo que mais mata mulheres.

Fonte de Pesquisa: www.correionaweb.com.br/

Compulsão alimentar: como identificar?

  Dr. Sérgio Pistarino, especialista no tratamento da compulsão alimentar, identifica algumas características da doença. C omer compulsivame...